Tratamentos
Diabetes
O Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica de origem múltipla que ocorre devido a produção insuficiente de insulina e/ou incapacidade e/ou falta de insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando hiperglicemia (altas taxa de açúcar no sangue).
O diabetes pode ser de dois tipos: o diabetes tipo 1, é uma doença autoimune que surge geralmente na infância ou na adolescência e não está relacionada ao estilo de vida ou à alimentação. O tipo 2, é o mais comum, pode ser assintomático e geralmente afeta pessoas com mais de 40 anos. A doença tem relação direta com excesso de peso, comportamento sedentário, hábitos alimentares não saudáveis e história familiar de diabetes.
Os principais sinais e sintomas de diabetes dos dois tipos são:
- Fome frequente;
- Excesso de sede;
- Poliúria (urinar em excesso).
Porém, o diabetes tipo 1 pode apresentar sinais que são específicos, tais como:
- Fadiga;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- alterações de humor;
- Náusea e vômito.
O diabetes tipo 2 também tem sintomas específicos que incluem:
- Dormência e formigamento nos pés e mãos;
- Infecções frequentes na bexiga, rins e pele;
- Cicatrização lenta de feridas;
- Visão embaçada.
O tratamento do diabetes engloba três pilares: as medicações, a dieta e a prática de atividade física.
O acompanhamento com o especialista em nutrologia tem como objetivo integrar as medicações, dieta e atividade física, reforçando a importância do ajuste das medicações como a terapia insulínica ao plano alimentar individualizado como elemento fundamental para o adequado controle metabólico.
Síndrome metabólica
É um conjunto de alterações metabólicas e hormonais como hipertensão, triglicerídeos altos, baixo nível de colesterol HDL, obesidade e resistência à insulina, que se não tratados podem levar a complicações maiores. Essa síndrome tem como base a resistência insulínica que é consiste na dificuldade da insulina agir no transporte da glicose para o interior das células.
A Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica maior que 130 e/ou pressão arterial diastólica maior que 85 mmHg;
Glicemia alterada – glicemia maior que 110 mg/dl ou diagnóstico de Diabetes;
Triglicerídeos – maior que 150 mg/dl;
HDL colesterol – menor que 40 mg/dl em homens e menor que 50 mg/dl em mulheres.
Existem diversas formas de controlar e tratar a síndrome metabólica. Através da consulta de um especialista em nutrologia e da avaliação de exames, o diagnóstico se torna mais preciso e, por consequência, o tratamento.
Disbiose intestinal
É um desequilíbrio da flora intestinal que causa redução da absorção dos alimentos e carência nutricional. Além disso, o desequilíbrio pode afetar a forma como é armazenada a gordura corporal.
As causas mais comuns da disbiose intestinal são:
- Ingestão insuficiente de água;
- Consumo excessivo de alimentos Inflamatórios entre eles o açúcar, gorduras trans, leite e derivados, alimentos processados e refinados, alimentos com glúten.
- Baixo consumo de fibras, nutrientes, vitaminas e minerais;
- Uso indiscriminado de antibióticos, antiácidos, corticosteroides e laxantes;
- Tabagismo;
- Toxinas;
- Estresse crônico;
- Consumo exagerado de alimentos.
A disbiose intestinal pode manifestar de diversas formas causando sintomas como má digestão, distensão abdominal, flatulência excessiva, diarreia ou constipação, alterações de humor e queda de cabelo.
O tratamento da disbiose se baseia diretamente nas mudanças no estilo de vida: alimentação saudável a base de comida de verdade, rica em fibras, incluindo uma variedade de vegetais; praticar atividade física regularmente; diminuir o estresse; manter um sono de qualidade; evitar alimentos alergênicos e não fumar.
Além das mudanças no estilo de vida, podem ser associados o uso de prebióticos, suplementos probióticos, enzimas digestivas e medicações sintomáticas.
Síndrome do intestino irritável
A síndrome do intestino irritável é uma desordem funcional do intestino que desencadeia sintomas como desconforto abdominal, dor no abdômen e alterações na frequência ou consistência nas fezes, com diarreia (pelo menos três evacuações por dia) ou constipação intestinal (menos de três evacuações por semana), durante pelo menos, três meses. Alguns podem apresentar sensação de estufamento e distensão abdominal, decorrente da fermentação de gases no cólon.
O diagnóstico da síndrome do intestino irritável é clínico com base nos sintomas.
O tratamento é feito com a orientação dietética e a adoção de hábitos saudáveis de vida. A dieta com baixo teor de FODMAPs (carboidratos altamente fermentáveis e mal absorvidos pelo intestino) promove melhora em mais de 70% dos casos síndrome do intestino irritável.
Também pode ser utilizadas estratégias que melhoram a contratilidade intestinal através do uso de medicamentos
Medicamentos que melhoram a contratilidade intestinal podem ser usados quando não se verifica um resultado satisfatório com a orientação alimentar ou de forma simultânea para promover alívio sintomático mais rápido.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide que se caracteriza pela diminuição na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). É mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa.
O hipotireoidismo tem como principais sintomas:
- Sonolência diurna.
- Cansaço excessivo.
- Depressão.
- Intestino preso.
- Unhas quebradiças.
- Pele ressecada.
- Ganho leve de peso
- Queda de cabelo.
- Alteração menstrual.
- Dificuldade de raciocínio.
O segredo para o tratamento do hipotireoidismo está muito além do consumo de medicamentos como a levotiroxina, engloba o suporte nutricional desenvolvido por um especialista em nutrologia e hábitos de vida saudáveis como a prática de atividades físicas, sono reparador e controle do estresse.
Hipertioreidismo
O hipertireoidismo é caracterizado pela hiperatividade da tireoide da produção dos hormônios triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4), causa um desequilíbrio em nosso organismo e pode comprometer funções importantes.
A causa mais comum do hipertireoidismo é a Doença de Graves, uma doença autoimune, que faz com que o organismo produza anticorpos contra a própria tireoide.
Entre os sintomas mais comuns podemos destacar a aceleração dos batimentos cardíacos, irritabilidade, ansiedade, insônia, perda de peso sem razão aparente, tremores nas mãos, diminuição da menstruação, suores e calor excessivo.
O especialista em nutrologia após avaliação dos exames pode indicar a suplementação de minerais e vitaminas os quais se destacam: Selênio e Zinco; Vitamina D; Vitamina E; Magnésio e Coenzima Q10.
Tireoidite de Hashimoto
É uma doença autoimune na qual o organismo produz anticorpos contra as células da tireoide. Desta forma provoca a destruição da glândula ou a redução da sua atividade, levando a diminuição na produção dos hormônios T3 e T4 e causando hipotireoidismo.
A tireoidite de Hashimoto não causa sinais e sintomas típicos. Por ser tratar de uma doença de evolução lenta, os sintomas aparecem quando o hipotireoidismo está instalado.
O tratamento é a base de suplementação do hormônio tireoidiano, chamado levotiroxina e a recomendação de hábitos saudáveis como alimentação saudável e atividades físicas.
Menopausa
A menopausa é o processo biológico em que cessa a menstruação, marcando o fim do período fértil da mulher.
Neste período a produção dos hormônios estrogênio e progesterona diminuem desencadeando uma série de alterações. A pele fica ressecada devido a diminuição na produção de colágeno. Há uma perda de massa muscular e aumento na formação de gordura na região abdominal. O risco de osteoporose aumenta devido à má absorção de cálcio pelos ossos.
Os níveis de colesterol e glicerídeos aumentam assim como o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
Além dessas alterações a menopausa pode trazer sintomas desagradáveis como: ondas de calor, dificuldades para dormir, fadiga, irritabilidade, queda na libido e ressecamento vaginal.
Devido a todas essas alterações e sintomas, o tratamento com reposição hormonal se torna fundamental para minimizar os efeitos da baixa produção de estrogênio.
Andropausa
A andropausa é caracterizada pela diminuição da produção de testosterona que ocorre de forma gradual. Geralmente, os primeiros sintomas surgem após os 50 anos e os mais comuns são:
- Perda da massa muscular e óssea;
- Fadiga;
- Aumento da gordura visceral;
- Queda da libido;
- Disfunção erétil;
- Alterações do orgasmo;
- Ejaculação retardada e volume ejaculatório reduzido
- Queda de cabelos
- Irritabilidade e insônia
- Depressão
O tratamento da andropausa geralmente é feito através da reposição de testosterona por medicamentos orais, implantes hormonais e/ou por medicamentos injetáveis.
Endometriose
Endometriose é marcada pelo crescimento anormal do tecido do endométrio, que reveste o interior do útero para outros órgãos principalmente da região pélvica.
A doença manifesta sintomas como intensa cólica menstrual, dor pélvica, dor durante a relação sexual, alterações intestinais, especialmente no período menstrual, e pode levar à infertilidade.
A terapia hormonal tem o objetivo de controlar a dor e melhorar a qualidade de vida. Os hormônios mais utilizados são análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), contraceptivos orais combinados e hormônios progesterona que podem suprimir a menstruação.
Dismenorreia grave
Dismenorreia grave é a dor em cólica no baixo ventre, de intensidade variável, que começa antes ou no início da menstruação, persistindo de 1 a 3 dias e que pode impossibilitar as mulheres a realizar tarefas do dia a dia. Quando muito intensa pode vir acompanhada de outros sintomas como sensação de peso no abdômen, dores nas ancas, lombar e interior das coxas, náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, fraqueza, dores de cabeça, tonturas e desmaio.
O tratamento hormonal é feito com anticoncepcionais orais combinados ou terapia progestínica isolada (oral, injetável ou implantes) nos casos de contraindicações ao uso de estrogênios.
Dra. Tallita Cardoso
CRM-GO 16.283
Médica especialista em Nutrologia
- Graduada em Medicina pela PUC-Goiás;
- Pós-graduada em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia;
- Sócia-diretora da Clínica Mood.se.
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